Page 18 - Boletim numero 259 da APE
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 EM FOCO APE
 Tertúlias da Guerra Colonial
  No dia 16 de outubro pelas 20:30 iniciámos a primeira de quatro sessões Tertúlias da Guerra Colonial, subordinada ao tema “Antecedentes políticos e fundamentos”. O mo- mento foi digno das expectativas tanto na qualidade do con- vidado, o Almirante Martins Guerreiro, como nas interven- ções da assistência.
Na segunda tertúlia que decorreu no dia 23 de outubro, o tema “Combater no Mato” deu-nos a oportunidade de ou- vir relatos que nos consciencializam para realidades vividas, pelos testemunhos presentes e análises dos vários aspetos de que esta matéria se reveste. De salientar a forma como o anfitrião Luís Alves de Fraga coordenou e acompanhou as prestações dos convidados, Coronel Carlos Matos Gomes e Comandante Adelino Rodrigues Costa.
No dia 6 de novembro confirmando e consolidando o in- teresse por esta iniciativa, por parte de uma assistência que foi aumentando progressivamente contámos na terceira sessão, sob o título “Efeitos colaterais e sentimentos colo- niais”, com o contributo dos convidados Comandante Rami- ro Soares Rodrigues, antigo aluno (19540176) e do Coronel Nuno Santa Clara Gomes que, de forma muito esclarecida, expuseram as sua ideias sobre este período da nossa histó- ria contemporânea.
A concluir, no dia 13 de novembro, na quarta e última sessão, o Dr. Nicolau Santos (Presidente do Conselho de Administração da LUSA) e o Comandante Ramiro Soares Ro- drigues, partindo de vivências distintas, comentaram em análise o que foi o “25 de abril e a descolonização”.
O Luís Alves de Fraga (19540282) em todas as sessões, para além de anfitrião, foi também um dos principais inter- venientes expondo e comentando, todas estas áreas abertas à apreciação e coordenando as intervenções de uma assis- tência que se manteve sempre interessada e participativa.
Concluída esta série de sessões sobre a Guerra Colonial, em ambiente de tertúlia, via remota, com uma boa e cres- cente audiência que chegou aos 40 participantes, salienta- mos e agradecemos os contributos dos nossos convidados, a disponibilidade e simpatia com que corresponderam ao nos- so convite, o interesse e participação da assistência e, em relação a esta experiência, fica-nos a vontade de lançar em 2021 toda uma série de iniciativas, sobre temas diversos, uti- lizando estes meios que nos aproximam e levam mensagens a todos os pontos onde nos possamos encontrar.
       Reflexão sobre o número de Associados da APE
Estes dados colocam-nos perante uma reflexão:
A APE, a nossa Associação, que completou no ano tran- sato 88 anos de existência, tem de garantir o seu futuro. Alicerçada em pilares que foram edificados em 1932 tem consolidado a sua existência, enfrentado dificuldades, cumprido sempre a sua missão e assim terá de continuar.
Impõe-se a todos nós, e principalmente às gerações mais novas, a garantia do dia de amanhã.
Num total de 641 associados efetivos, que de acordo com os estatutos têm as suas quotas em dia ou pelo me- nos não ultrapassam os 3 anos de atraso, não é nada animador um cenário em que a maioria se localiza no escalão etário entre os 50 e os 90 anos (71%).
Dos 29% que se localizam até à década de 40 anos, apenas 12% estão abaixo dessa idade.
Compete às Direções e todos os que compõem os Ór- gãos Socias pensar e concluir que faz parte da nossa tarefa atuar pela positiva demonstrando, por ações e iniciativas, o significado e a missão desta Associação que representa todos os Pilões, atuais e antigos alunos, e que tem por mis- são defender intransigentemente os objetivos do Instituto dos Pupilos do Exército.
Acreditamos que a mensagem terá de pas- sar entre todos nós.
A APE existe e existirá enquanto houver Pi- lões de boa vontade que têm orgulho na casa a que dedicam toda a sua atenção alegremente.
Tudo tem de se conjugar através de uma
associação forte, apoiada pelos seus associa-
dos contribuintes, obtendo capacidade para o desempenho da sua missão, em todos os campos, incluin- do e destacando a solidariedade para com os que mais ne- cessitam.
A realidade preocupante dos números:
Percentagem de associados com idades dos 50 aos 90 anos 71%.
Percentagem de associados com idades no escalão etá- rio dos 40 anos 17%.
Percentagem de associados com idades abaixo dos 40 anos 12%.
Fernando Baptista Pires
19550275 Presidente da Direção
  16 | Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • outubro a dezembro








































































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