Page 25 - Boletim numero 259 da APE
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 PILÕES DE HOJE
9o ano e agora?!
NOTÍCIAS DO IPE
                   Luísa Hipólito
Aluna no 95/18
Este ano é um ano de mudanças para mim e para todos aqueles que frequentam o nono ano.
Acho que o que nos tem vindo a assustar não são essas mudanças, mas sim as decisões que temos que tomar para que elas aconteçam e o que vão implicar nas nossas vidas futuras.
Ao contrário de alguns dos meus colegas, eu já sei muito bem o que quero fazer e as decisões que quero tomar, mas tenho uma dúvida permanente na minha cabeça: Será que é a decisão correta? Nem sei se haverá “uma decisão correta”.
O que eu quero é ser advogada e perante isso tenho dois caminhos: Ou fico no IPE e vou para Gestão, ou saio, vou para uma escola secundária e sigo Humanidades.
A resposta mais fácil e talvez a mais óbvia seria ir para uma escola secundária e seguir o curso geral de Humanida- des. No entanto, o curso profissional de Gestão também é um caminho totalmente compatível, e, portanto, eu vou segui-lo. E há dois motivos para o fazer:
O primeiro motivo é que, ao seguir Gestão, fico com um plano B e poderei tirar um curso nessa área na faculdade e quem sabe se não me venho a apaixonar por essa área e o plano B passa a plano A.
O outro motivo é sentir que ainda tenho muito a viver no Pilão e que ele ainda tem muito para me ensinar.
Posso não estar a tomar a melhor decisão, isso só o futu- ro dirá, mas a vida é feita de escolhas e como tal esta é a minha.
Sei que não vai ser um caminho fácil e que havia outros mais simples, mas vou conseguir pois “Querer é Poder”.
Francisco Simões
Aluno no 439/20
O meu desejo de vida é ser Fuzileiro da Marinha Portu- guesa, entrar na Escola Naval e formar-me como oficial. En- trei no IPE pensando nisso, para ter uma experiência de como é a vida militar, para ter a certeza se é mesmo isso que quero, ou não, para a vida.
Tenho esta ideia de vida desde pequeno. Após ter entra- do no IPE pus-me a pensar repetidamente na seguinte ques- tão:
Olga Horokhovska
Aluna no 163/18
Eu frequentei muitas escolas. Mas nunca estive em uma que valoriza tanto os alunos pelo seu desempenho e que se importa tanto conosco.
Quando me chegou a informação de que tinha transita- do para esta casa, tão bela e tão ridente, eu fiquei muito orgulhosa de mim mesma e sempre dei tudo por tudo para orgulhar a minha família mais do que o habitual.
Estou cá desde o 7oano e pretendo ficar cá até ao 12o. Os cursos dos pupilos não se integram muito nas minhas preferências, pois os meus sonhos estão muito ligados às línguas e a viajar pelo mundo. Mas esta escola ensinou-me a ser quem sou hoje e creio que ainda tem muito para me ensinar, por isso, independentemente do que eu quiser seguir, pretendo ficar por cá e integrar-me no curso de in- formática, sem nenhuma contradição porque poderá sem- pre ser útil mesmo indo para uma área completamente oposta.
Na minha opinião os cursos profissionais são muito úteis e não vejo nenhuma razão para perder uma oportunidade destas. Porque passar nas provas de admissão não é tão fá- cil como aparenta ser, pois concorrem cada vez mais alunos e as vagas são um pouco apertadas relativamente ao núme- ro de concorrentes.
Quando sair dos pupilos irei frequentar uma universida- de de línguas e em seguida, até fazer um curso de bordo pois quero ser assistente na “Emirates”. E sem nunca, clara- mente, deixar de ser modelo e talvez até levar isso profissio- nalmente.
Eu já fiz a minha escolha!
“Por que não descobri este instituto mais cedo?”
A verdade é que estou bastante arrependido de não ter entrado no quinto ano de escolaridade. O ambiente vivido nesta casa “tão bela e tão ridente” é bastante acolhedor e divertido, nunca me vou arrepender de ter entrado nesta escola.
O meu objetivo é fazer o secundário no IPE seguindo o curso de TMI. Vou escolher este curso, não pelas saídas que me dá, mas sim para fazer uma coisa de que gosto e, com certeza, de que não me vou fartar ao longo dos três anos.
Para concluir, gostaria de dizer que aconselho toda a gente a entrar nesta escola pois é uma ótima experiência de vida.
                             Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • outubro a dezembro | 23




































































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