Page 22 - Boletim numero 261 da APE
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EM FOCO APE BOLETIM APE | ABR/JUN 2021 Entrevista ao Excelentissímo Senhor Diretor do IPE,
Coronel João Carlos Sobral dos Santos*
 Quando recebeu o convite para Diretor do IPE que expe- tativas tinha?
Dar continuidade ao distinto trabalho que tem sido de- senvolvido pelos antecessores.
E o que é que mais o surpreendeu na positiva e nega- tiva?
Pela positiva, a dedicação, o empenho, o esforço e o per- fil do aluno, os documentos enquadrantes, o corpo docente e os não docentes pelo seu empenho e profissionalismo.
Pela negativa não direi, mas preocupante sim – a ade- quação das infraestruturas ao número de alunos.
Quais os objetivos e as metas traçados para o IPE?
Afirmar o IPE como um EME de referência, inovador no ensino e na formação dos jovens, através da promoção de um projeto educativo de referência, do desenvolvimento de estratégias educativas e do reforço do ensino profissionali- zante.
Reforçar o papel central das famílias como primeiros res- ponsáveis na educação dos seus filhos e promover a sua par- ticipação ativa no projeto educativo e na vivência do IPE.
Assegurar a manutenção do sistema de gestão da quali- dade.
Considera qua a oferta formativa atual está adaptada às necessidades do exército, tendo em conta que alguns alunos aspiram a seguir a carreira militar? E relativa- mente às necessidades do mercado de trabalho, o ensi- no profissional responde às tendências atuais de em- pregabilidade?
Quanto à primeira parte da pergunta, a oferta formativa do IPE não se destina a suprir as necessidades de recursos humanos do Exército. No entanto, caso tenhamos alunos interessados, garantimos a necessária preparação adicional para que os alunos se candidatem, não só ao Ensino Supe- rior Militar, como ao ensino Politécnico e Universitário.
Relativamente às necessidades do mercado de trabalho, o IPE considera que a sua oferta educativa vai de encontro ao que se pretende atualmente. Mais do que conhecimen- tos académicos e teóricos próprios do Ensino Regular, o Ins- tituto, fruto do seu projeto Educativo, proporciona aos alu- nos a possibilidade de construir o seu conhecimento a partir da experiência. O aluno aprende a fazer, fazendo. É um ensi- no diferenciado, multifacetado, abrangente que proporcio- na ao aluno o envolvimento numa série de projetos que abrange diversos domínios do 5o ao 12o ano. No ensino se- cundário os cursos profissionais existentes vão de encontro às necessidades atuais: os cursos de Gestão e TMI conti- nuam a ser cursos necessários na realidade atual. A Gestão faz parte integrante de qualquer empresa e a Manutenção
Industrial nas suas vertentes de Mecatrónica e Eletrónica são muito importantes. Os cursos de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e de Automação e Comando vão de encontro às profissões do futuro. O futuro por mais incer- to que seja passa seguramente pela área digital e informáti- ca. Apesar do curso de automação e comando ter ainda pou- cos candidatos, espera-se que venha a aumentar o seu número. É um processo evolutivo que faz parte do cresci- mento das escolas. É fundamental haver divulgação, publici- dade para que este e os restantes cursos possam progredir com sucesso. No presente, por meu despacho de 05MAI21, foi criado um grupo de trabalho com o propósito entre ou- tros, analisar os cursos profissionais existentes no IPE, do ponto de vista da viabilidade e do alargamento da presente oferta, face aos cursos atualmente existentes, assim como, às espectativas dos alunos e dos respetivos encarregados de Educação (EE).
O IPE sempre foi reconhecido pela qualidade e diversi- dade das modalidades desportivas. Com a tendência de crescimento do número de alunos nos últimos anos, em sua opinião o IPE poderá retomar essa qualidade e di- versidade das modalidades?
De facto, nos últimos dois anos, face à pandemia em que mergulhámos, as modalidades desportivas foram substan- cialmente afetadas, tendo sido em alguns casos mesmo sus- pensas como foi a classe de ginástica e a equitação, entre outras.
Para além das razões anteriormente enunciadas, exis- te um outro fator determinante para a motivação dos atle- tas que é a ausência de provas e encontros gímnicos, nes- tes últimos dois anos. Em suma, estamos convencidos que paulatinamente vamos regressando à normalidade e que atinjamos a imunidade de grupo, e, no que toca a estas modalidades, retomem a sua normalidade e o enor- me contributo que representam na promoção divulgação do IPE.
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