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EDITORIAL















                                                                                                  AMÉRICO FERREIRA
                                                                                               Presidente da Direcção
                                                                                                       19650038


                unca  como  nos  dias  de  hoje  o  nosso  olhar  para  a   Tanto se fala hoje de que temos no desemprego a mais
           Nsociedade deve ser um olhar de integração, de pro-  bem qualificada geração de sempre, mas falta saber se as
           cura de soluções, de optimização de meios. A situação de   qualificações, efectivamente, resultam numa nova atitude
           crise generalizada leva a que muitos de nós tenhamos de   de “saber-fazer” e de empreender.
           cortar  em  despesas  e  de  rever  alguns  hábitos,  algumas   Nesse sentido, a Direcção da APE, em articulação com
           formas de viver que, até há bem pouco tempo, se davam   a Direcção do Instituto, fez chegar ao referido grupo de
           como adquiridas.                                   trabalho,  assim  como  às  entidades  que  tutelam,  quer  o
              O mesmo se passa com o universo das instituições. E   Instituto, quer as áreas onde o Instituto é relevante, um
           nesse grande e imenso universo de gabinetes, de secretarias,   documento onde se apontam as linhas do que pode ser
           de fundações, de empresas públicas, etc., etc., etc., mais   uma  verdadeira  optimização  e  que  não  passe  pela  des-
           uma  vez  surge  uma  nuvem  negra  sobre  os  Pupilos  do   truição.
           Exército.                                             Reunindo as boas-vontades de alguns pilões elaborou-
              Entre  este  e  o  anterior  número  deste  Boletim,  foi   -se  um  texto  que  analisa  o  actual  quadro,  indo  buscar
           criado um grupo para equacionar o futuro dos estabele-  as mais-valias da nossa escola, potenciando-as. O projec-
           cimentos militares de ensino. Mais uma vez, o olhar crí-  to  de  ensino  profissional  não  está  esgotado,  antes  pelo
           tico cai especialmente sobre a “nossa” escola.     contrário. A forma vanguardista com que foi sendo reto-
              Compreendemos, mais que ninguém, pois fomos edu-  mado ao longo da História, actualizou, de tal forma que
           cados numa vertente profissional, que na Sociedade Por-  hoje temos mais de 80 candidatos para o próximo ano
           tuguesa há que optimizar meios, que lutar contra o des-  lectivo!
           perdício, e que tentar conter muito da sangria de recursos   Recordo sempre a magistral máxima do Decreto de
           que claramente andava a ser feita há dezenas de anos.  25 de Maio de 1911: “Há que criar cidadãos úteis à Pátria”.
              Mas há que ter a clareza de ideias para compreender   A função social e educativa dos Pupilos do Exército
           que não é no corte cego que se reduz a despesa. Ele pode   está em contínua actualização. Basta procurar as vias da
           surgir como solução para o imediato, mas tem um preço   rentabilização económica, deixando o projecto educativo
           muito caro na construção do futuro.                trilhar o seu caminho. Foi esse o “trabalho de casa” que
              Quantos não foram já os pensadores, dos mais variados   fizemos, mostrando-o a quem de direito.
           quadrantes ideológicos, a afirmar que é na Educação que   O regresso a inscrições em número muito interessan-
           um povo semeia o seu futuro? Ora, em muito devemos   te é o sinal, a marca, o fruto, que já se colhe com a nova
           cortar,  mas  não  na  educação,  especialmente  na  de  cariz   dinâmica lançada no IPE nos últimos anos. É a prova de
           profissionalizante.                                que a nossa escola está no bom caminho.




          BOLETIM DA ASSOCIAÇÃO DOS PUPILOS DO EXÉRCITO | Publicação Trimestral Ano LXVIII | N.º 225 | Abril a Junho de 2012

                                  PROPRIEDADE DA ASSOCIAÇÃO DOS PUPILOS DO EXÉRCITO – Rua Major Neutel de Abreu, N.º 20 S/l – E – 1500-411 Lisboa
                       Ano LXVIII - N.º 225 • Abril a Junho 2012
                         Publicação trimestral distribuição gratuita aos sócios
                          Preço de capa 4,00 € - ISSN N.º 1645 - 975X
                             Querer é Poder  Tel.: 217 782 980 | Fax: 217 788 694 | e-mail: apexercito@gmail.com | website: http:\\www.ape.pt | boletim.ape@gmail.com
                                  FUNDADOR: Alberto Silva Santos Lino
              associação dos pupilos do exército
                                  DIRECTOR: Américo de Abreu Ferreira
          IPE  OPORTUNIDADE       EDITOR: Fernando Pires
              PARA CONSOLIDAR
          101º
          A N O                   MARKETING E PUBLICIDADE: José Rosado
                                  REDACÇÃO: David Sequerra, Manuel Borges Correia, Rui Telo
                                  COLABORADORES (nesta edição): Alexandre Correia, Ana Paula Oliveira, António B. Barroso, António B. Pinheiro, António Pinto Pereira,
                                  António Ribeiro da Silva, Cândido de Azevedo, David Pascoal Rosado, Ernâni Balsa, Fernando Cristo, Fernando Romão, Jacinto Rego de
                                  Almeida, Jerónimo Pamplona, João Miranda Soares, Joaquim Cabo Verde, José Fernando Leandro, José G. Pereira, José Lencastre, José
                                  Lopes, José N. Cruz, Mota de Mesquita, Pedroso da Silva, Queirós de Azevedo, Rodrigo Correia, Rui Santos Vargas, Ruth Jacobetty Vieira
                                  EXECUÇÃO GRÁFICA E IMPRESSÃO: Europress, Lda. – Indústria Gráfica
           APE     Evocações  IPE
           80.º Aniversário  A Dívida  101.º Aniversário                      Boletim da Associação dos Pupilos do Exército  |  1
                                  ISSN: 1645-975X | Depósito Legal: 98621/96 | Tiragem: 1.000 Exemplares
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