Page 10 - Anexo do Boletim Numero 255 da APE
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    1.2- A Árvore da Evolução
Foto do crâneo do Sahelanthropus
  FIGURA 3
Das células procariotas às pluricelulares até aos primei- ros animais
Entre -3,9 mil milhões de anos aparecem as células pro- cariotas.
Entre -2,8 e -1,5 mil milhões de anos aparecem as células eucariotas.
Na Terra existem então as três grandes linhagens dos se- res vivos: os arqueus (células procariotas), as bactérias e as células eucariotas (de que somos constituídos) como já vimos.
Entre -2,5 e-1 mil milhões de anos aparecem as células com organitos. Uma estreita simbiose com as bactérias aglomera na célula mitocôndrias e cloroplastos (fotossín- tese)
- 900 milhões de anos aparecem os enxames de células.
- 550 milhões de anos. Nos enxames, as células especi- alizam-se e aparecem os tecidos e os organismos pluricelu- lares.
A “explosão” acontece então. Cerca de 20 milhões de anos mais tarde a maior parte das linhagens animais actuais aparecem pela seguinte ordem: peixes, musgos, fetos, coní- feras, mamíferos, plantas com flor, dinossauros e por fim os macacos
Há 150 milhões de anos (Era Mesozóica Períodos Jurás- sico/Cretáceo) aparecem os primeiros mamíferos.
O mais velho fóssil conhecido de primata, mais próximo do homem que dos grandes macaco,s é o Sahelantropus (Homem do Sahel), descoberto no Sahara em 2011, e é da- tado de sete milhões de anos.
FIGURA 4
Dá-se a oxigenação dos oceanos através do fitoplâncton (micro-algas) logo, da fotossíntese, formando-se carbono (armazenado pouco a pouco na matéria orgânica) e liber- tando-se oxigénio; com a chegada de nutrientes, devida a uma forte erosão, foi permitido à vida (sob a forma de es- ponjas inicialmente) desenvolver-se e diversificar-se nos fundos marinhos.
Foi a “Explosão Câmbrica”! (Câmbria nome em latim do País de Gales onde as escavações se iniciaram em 1830)
Além do aumento da vida multicelular existe uma maior transição, bem conhecida, que respeita a passagem dos se- res vivos do mar para a terra firme.
Os dinossauros apareceram há 230 milhões de anos (Era Mesozóica/ Período Triássico) e diversificaram-se progressi- vamente, tendo desaparecido há cerca de 65 milhões de anos (Cretáceo) o que permitiu que o grupo dos mamíferos se desenvolvesse verdadeiramente.
Os primeiros hominídeos são muito afastados dos actu- ais humanos, com um pequeno cérebro e uma estatura pró- xima da do chimpanzé.
Como foi dito, os mais antigos fósseis de hominídeos, com uma estatura próxima da nossa, apareceram há cerca de dois milhões de anos, e o mais velho fóssil que pertence claramente à nossa espécie foi encontrado na Etiópia e data de cerca de 200.000 anos.
Os nossos primos mais próximos são os chimpanzés e outros grandes macacos com os quais partilhamos o mesmo antepassado comum, pertencendo os mais próximos des- tes, hoje já desaparecidos, ao grupo dos hominídeos.
Dois pontos há que ressalvar para evitar cair num erro comum: primeiro, o homem não descende do macaco; se- gundo, o chimpanzé é o resultado de uma história evolutiva tão longa como a nossa. Ele não é, portanto, nosso antepas- sado, mas nosso primo.
O Gorila, o Orangotango ou o Chimpanzé possuem 48 cromossomas, contra 46 no Homem, sendo o Homem mais perto do Chimpanzé que do Gorila.
9| Anexo Digital ao Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • outubro a dezembro











































































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