Page 8 - Boletim APE_218
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Rapidissímas

 NOTAS


 COm muITA SAuDADE – um SóSIA DO “GRãO-DE-bICO”


 uem aparece com alguma frequência na nossa Sede,   aos 15 anos de idade, escrevera alguns contos, logo di-
 Qnos intervalos das suas tarefas de coleccionador de   vulgados pela Emissora Nacional. Precocidades assim
 selos, é o bem conhecido “Alcochete”, o nosso Coronel   vão  acontecendo  e  justificam  estimulantes  divulga-
 Vitor Mendes (1940.0291) que foi, no seu tempo “pilóni-  ções. É bem o caso da simpática Mariana, novíssima
 co”, um “Peyroteo” de categoria. Não joga bridge mas   colaboradora  do  nosso  BOLETIM.  Parabéns  –  e  que
 convive bem, com repetidos exercícios de memória em   continue bem inspirada!
 parceria  comigo  e  com  o  Madeira
 Peste.  sta rubrica já com alguns bons anos de vida, suce-
 Lembrei-me do “Alcochete” para  Edendo ao texto similar intitulado “Breves  &  Rápi-
 evocar,  nestas  “Rapidíssimas”,  ou-  das”, pode estar posta em causa não pelo conteúdo mas
 tros casos de “pilões” da minha safra   pela extensão.
 que  também  se  popularizaram  por   Bem intencionado vou juntando factos e lembranças,
 nomes de terras de onde eram prove-  tentando utilizar os favores da síntese mas, mesmo as-
 nientes:  o  “Granjais”,  o  “Gavião”,  o   sim, o “chefão” Fernando não me poupa das exigências
 “Alfarazes”, o “Açoriano”, o “Castelo   de gestão de espaço, considerando que sou pródigo na
 de Vide”, o “Viseu” (Bijeu), o “Alijó”,   “descoberta” de peripécias “pilónicas” dignas de divul-
 David Sequerra   etc.  (poderá  mesmo  chamar-se  um   gação. E vamos lá a economizar espaço bolitinesco...
 (19430333)  mapa de alcunhas geográficas...)
  Ao longo dos anos – e vão tantos!   om a retumbante e invulgar atribuição de seis “bar-
 -  Haverá,  por  certo,  mais  exemplos  Cretinas  de  honra”  (um  verdadeiro  record!)  pas-
 que outros poderão evocar nestas páginas.  saram a ser 16 os galardoados, incluindo a própria As-
  Por hoje, ofereço a “deixa”, inspirado no meu amigo   sociação, desde o “nosso” Gen. Vitor Mesquita ao ainda
 “Alcochete”, recente oitentão em boa forma, a relembrar   jovem Marcos Sousa, com quase 40 anos de diferença
 os tempos em que era “pé canhão”, como o Fernando   em idades. Das individualidades estão entre os vivos,
 Peyroteo.     felizmente, 13 pilões de apreciada qualidade.
 E vamos mantendo a salutar expectativa de que to-
 oi um “pilão” dos mais autênticos, de imensa devo-  dos esses galardoados se mantenham à altura dos seus
 Fção associativa. Evocamos o Gomes Ferreira, o 93 da   créditos, a bem da Associação.
 década de 40, deliciosamente popularizado como “Grão-
 de-bico”.  Um  nortenho  de  boa  cepa  que  fez  brilhante   ão  simpática  como  surpreendentemente,  tivemos
 carreira profissional no Porto e nos deixou demasiada- Tnotícias do “Isca” do meu tempo, o 251, da década de
 mente cedo, para mágoa de todos nós.  40, de quem falámos num dos mais recentes APONTA-
 Recordo-me muitas vezes do “Grão-de-bico” tal como   MENTOS boletinescos (vidé pág 6 do nº 216, de Mar-
 sucedeu, recentemente, ao descobrir uma espécie de só-  ço.2010), quase oitentão, o Monteiro está activo, se bem
 sia do Gomes Ferreira numa revista de uma muito mo-  que  indesejavelmente  afastado  da  APE.  A  revelação
 derna Companhia de Aviação da Turquia. É notável a   proveio-nos  de  sua  irmã,  casada  com  um  “pilão”  um
 parecença  do  su-  tanto mais moderno do que o”Isca” e participante ha-
 jeito  da  esquerda   bitual nos convívios associativos.
 com  o  nosso  “93”,   Por intermédio do simpático casal, na manhã de 23
 quando  tinha  uns   de Maio, enviamos ao “251” do nosso Curso de Indústria
 25  anos  de  idade.   um forte abraço. E esperamos agora uma réplica con-
 Quem  o  conheceu   digna.
 decerto  concorda-
 rá  com  a  razão  de   Rui  Cabral  Telo,  excelente  “pilão”que  tem  estado
 ser  desta  curiosi- Osolidamente  ligado  à  APE  e  ao  “Boletim”,  tem  no
 dade  fisionómica   prelo  mais  uma  muito  promissora  produção  literária
 que  aumenta  em   intitulada: “Caçador Branco” que começa assim:
 nós  o  sinete  de    “A savana africana, de capim a meia altura, povoada com
 muita saudade!  profusão por arbustos altos, estende-se abaixo do pequeno mor-
 ro onde o jipe se encontrava.”
 á  repararam   E é do jipe que o nosso Rui vive e revive admiráveis
 J bem  na  quali-  aventuras na sua condição de caçador exímio por terras
 dade da escrita da tão promissora adolescente Maria-  de África por onde andou.
 na Terra da Motta, neta do “nosso” Lola Reis? Notável,   O novo livro tem 22 capítulos e lê-se, com muito agra-
 sem  dúvida,  a  deixar  margem  de  convicta  previsão   do, de um só fôlego
 para altos voos, nos domínios da escrita. Com 15 anos e   Na próxima edição, prometemos, desde já, que volta-
 é uma excelente aluna, para o natural gáudio do seu   remos ao “Caçador Branco” do inspirado Rui Telo, que é
 avô. Recentemente, escutei num programa televisivo,   um  excelente  informático  e  um  “pilão”  com  quem  há
 datado de 1997 (Canal Memória) o Professor Dr. José   que contar - e muito! - no ciclo de comemorações do Cen-
 Hermano Saraiva que, na já longínqua data de 1935,   tenário.



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